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quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

A ginja de Óbidos

Ginja de Óbidos
Óbidos é uma das principais referências da ginjinha, sem que haja uma data e local exacto para a sua origem. Os dados recolhidos apontam-nos uma contradição: “Uns afirmam que foram os imigrantes galegos que a trouxeram para o nosso país, outros que a tradição vem dos frades portugueses”.
O que sabemos é que uma garrafa de ginja de Óbidos é a melhor lembrança que qualquer pessoa que visite a vila medieval pode oferecer aos amigos. Até a Região de Turismo do Oeste acredita nas potencialidades de promoção da região que este produto tem e pagou o design das caixas que guardam os milhares de garrafas da genuína ginjinha caseira, produzida ao longo do ano numa fábrica tradicional da aldeia do Sobral da Lagoa. Segundo presidente da região de turismo do oeste, tem mais vantagens as pessoas levarem uma garrafa do que folhetos promocionais de Óbidos, porque da ginja certamente se recordarão, enquanto que as brochuras acabam por ir parar no lixo”,
À partida, fazer ginjinha nem é difícil e até pode ser feita em casa sem grandes utensílios. A receita passa por encher um recipiente com aquele fruto vermelho arroxeado de sabor agridoce. Quanto mais ácido for, melhor.

As ginjas devem depois ser cobertas ligeiramente com uma boa aguardente, de preferência vínica, e bem forte, de 70º ou 75º. Não se deve abusar da aguardente. Esta infusão deve ser guardada fechada durante oito a doze meses.

Passado este tempo, o líquido deve ser escorrido para uma panela e deve ser adicionado açúcar (cerca de 3,5 quilos por cada dez litros), amornando para ajudar a dissolver. As ginjas devem ser distribuídas por garrafas ou outros recipientes de vidro, desde que se possa colocar uma rolha, e depois junta-se o líquido. Agora é só esperar que as ginjas desçam para o fundo das garrafas, bem fechadas, o que demora cerca de duas a três semanas.
O resultado será um licor com um cheirinho leve e agradável, sem corantes nem conservantes, delicioso e óptimo para brindes. As mulheres são grandes apreciadoras deste tipo de bebida, uma vez que é doce. Mas não se caia em ilusões, porque o teor alcoólico facilmente dá a volta à cabeça a quem quer que beba o licor.
Fonte:
Paulo Moreiras, autor de um livro sobre o licor – “O elogio da ginja”
Jornal oeste on line
Município de Óbidos

Bem hajam 
Carlos Fernandes 

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