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sexta-feira, 8 de agosto de 2014

Civitas Aegitidanorum Boom Festival


Os vários povos que passaram por Idanha-a-Velha - a antiga Egitânia romana -, deixaram diversos vestígios monumentais que constituem um valioso património histórico. 
Idanha-a-Velha foi a capital da civitas Aegitidanorum, que parece ter sido fundada por Augusto. 
Dos inúmeros percursos arqueológicos possíveis, destacamos a Sé Catedral, primitivamente construída sobre um Templo Paleocristão e posteriormente construída a primeira Catedral Visigótica edificada na Península Ibérica. No seu interior, podemos observar a maior colecção de epigrafia Romana da Europa, alguma vez encontrada num só lugar. Outra parte deste espólio, faz parte das colecções do Museu Tavares Proença Júnior (Castelo Branco) e Museu Nacional de Arqueologia e Etnologia (Lisboa). 


Quem visita a modesta aldeia actual e observa o seu ritmo pacífico terá dificuldade em imaginar que se encontra na antiquíssima e florescente capital da Civitas Aegitidanorum romana, que quando atingiu uma grande dimensão, era uma cidade rica, quase tão rica quanto Lisboa. 
Com o tempo e a deslocação dos grandes eixos estratégico-militares foi perdendo a grandeza. Mas não perdeu a sua atmosfera de tempos passados. Quem a percorrer vai sentir-se num museu ao ar livre onde grandes civilizações ainda se afirmam nos vestígios que deixaram. Aqui encontramos vestígios que remontam a diversos períodos, como: a Pré-História, Celtas, Classicismo Romano, Suevo, Visigótico, Árabe, Idade Média Portuguesa e construções do período Manuelino. 

Por estes dias na estrada para a aldeia de Idanha a Velha , mais precisamente na estrada para a enorme Herdade da Granja , uma fila de carros avança lentamente .Vislumbram-se essencialmente matrículas francesas, inglesas ou espanholas . A décima edição do Boom Festival está a começar .
A localização,a sensação de liberdade continua a ser uma das imagens de marca do Festival .
Em Portugal não existe nada assim que consiga nos oferecer esta paz esta sensação de infinito .


O imenso céu estrelado,sons, vozes ao longe , a lua a eterna lua cheia projectada nas tranquilas águas da barragem , esculturas imagens psicadélicas montados em recantos estratégicos dão-nos a paz  um ambiente de grande tranquilidade em muitas áreas do recinto , com pessoas a conversar calmamente em baloiços espreguiçadeiras ou no chão .
O Festival é conhecido essencialmente pelas sonoridades do trance psicadélico, mas nunca se fechou numa redoma, ,acolhendo muitos outros géneros de músicas e dança .
Se nas últimas edições o Festival foi um sucesso .Este ano superou todas as expectativas , a lotação de 30 mil pessoas número que a organização contemplou como limite esgotou há semanas .
Hoje o Boom Festival é um êxito. Ainda poderão existir algumas mazelas estogmatizantes , resultantes da associação às drogas que sofreu nas primeiras edições mas isso hoje isso está ultrapassado . Hoje o Boom Festival é conhecido em todo o Mundo como  um festival sustentável.
Em Portugal é o evento que convoca mais público oriundo de todo o Mundo.





Numa região altamente desertificada é sem dúvida uma mais valia para a economia local hoje é largamente elogiado por todos . Se algo se lamenta é o facto de durar apenas dez dias .Ao falarmos com as pessoas das localidades vizinhas é essa a sensação que fica e o único lamento.
O Boom Festival já constituiu  marca de uma região, talvez a maior da Beira Baixa a nível internacional ,
Há coisas que não se sentem vivem -se em noites de vida cheia, em noites de lua cheia é assim no Boom 
Bem hajam 
Carlos Fernandes 










UM SEGREDO BEM GUARDADO IDANHA -A-NOVA