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terça-feira, 20 de janeiro de 2015

De Portugal para o Mundo


Elegante e imponente, a Grande Sinagoga Portuguesa é o símbolo da liberdade que os judeus desfrutaram na Holanda, no século 17, e do prestígio e prosperidade dos judeus  de Amsterdão..


De Portugal à Amsterdão
De 1580 a 1640, em Portugal, ainda funcionava os Tribunais da Inquisição. Neste período houve uma imigração maciça de judeus portugueses, assim como de judeus espanhóis, para os Países Baixos. Assim, com a chegada de judeus em Amsterdão foram se formando algumas comunidades, e em 1622 já havia três importantes congregações. A primeira, que surgiu por volta de 1610, Bet Jacob, mais tarde a Newe Shalom, que possuía um carácter mais hispânico, e por fim a comunidade Bet Israel. As três finalmente se uniram em 1639 para dar origem a “Congregação Portuguesa Israelita de Amsterdão”, Talmud Tora, que ainda existe com o mesmo nome.
A grande Esnoga possui um espaço para 1200 homens sentados e 440 mulheres, que sentam na parte superior da sinagoga e foi conservada com a mesma estrutura até hoje. A sinagoga possui algumas curiosidades. Uma das mais interessantes, é a falta de electricidade. A Esnoga,é iluminada por centenas de velas posicionadas em castiçais espalhados pelo ambiente e pela claridade vinda das suas 72 janelas . Outro detalhe é o Hechal (armário dos rolos da Lei) e a teba (onde o Hazan, cantor que leva as rezas, se posiciona) são feitos de madeira de jacarandá, importada do Brasil por um de seus freqüentadores, Moises Curiel.

A Grande Sinagoga Portuguesa de Amsterdão, chamada de Esnoga, "sinagoga" em português arcaico, era motivo de grande orgulho, pois nunca dantes, em sua Diáspora, tinham os judeus obtido a permissão de construir sinagogas tão monumentais. Em 1934, o jornalista checo, Egon Erwin Kisch, fez a seguinte afirmação em seu livro Emigrantes: local de residência - Amsterdão: "A Sinagoga Portuguesa não poderia jamais ser descrita como um local negligenciado, instável e escondido que servia de ponto de encontro para imigrantes ilegais - não, muito ao contrário, é uma construção esplêndida, poder-se-ia dizer, mesmo, uma "catedral judaica". Seu interior, sustentado por pilares de granito, ergue-se aos céus, quase o atingindo...".
Sem dúvida mais um marco de Portugal no Mundo 
Bem hajam 
Carlos Fernandes

( Revista Morashá www.shavei.org/).)



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