O polo museológico surge integrado no
projecto “Revitalizar A Bella”, que resultou de uma candidatura ao Programa
Operacional AGRIS.
Este projecto é promovido pela Junta de Freguesia de Abela em parceria com a
Câmara Municipal de Santiago do Cacém.
Esta acção consiste no aproveitamento do antigo quartel da Guarda Nacional
Republicana, pertença da Junta de Freguesia de Abela, destinado a mostrar parte
da vida rural do concelho.As colecções / objectos apresentados transmitem conhecimentos de uma sociedade rural, pertencente ao passado, mas ainda suficientemente próxima para ser espaço de partilha de memórias e de referência identificada que une e identifica diferentes gerações.
Preservar memórias do quotidiano rural, assim surge o MUSEU DO TRABALHO RURAL.
A primeira exposição terá como base uma colecção de alfaia agrícola. A sua sequência acompanhará a do ciclo agro laboral e as operações específicas que lhe estão associadas em cada fase.
O polo museológico será um lugar de afectos, local de encontro do passado, do presente e do futuro, procurando garantir a transmissão de tradições e memórias.
Construído no início da década de
quarenta do século XX, funcionou como Escola / Posto Médico e como quartel da
Guarda Nacional Republicana.
No polo museológico pretende-se abordar
a memória de uma sociedade que, nas últimas décadas, se transformou
profundamente, bem como a relação de pertença de uma população com o seu
território, seja à escala da localidade, da freguesia, do concelho ou
eventualmente de uma micro região
.
Coleções / Património
A exposição Memória e Identidade – Alfaia Agrícola Tradicional constrói um percurso que acompanha o ciclo agro laboral e as operações específicas que lhe estão associadas em cada fase, desde a lavra, a cava, o desterroar e as sementeiras no inverno, as mondas, as regas e demais cuidados com as colheitas na primavera, até às ceifas, às debulhas e ao armazenamento dos cereais no verão. A alfaia agrícola é apresentada em grande proximidade, espacial e lógica, com os transportes e sistemas de atrelagem, estes últimos indispensáveis, por exemplo, à própria tração do arado e do trilho.
As alfaias agrícolas, “talhadas pela mão do homem em madeiras que a terra lhe fornecia espontaneamente, melhoradas depois com partes em ferro moldadas pelos ferreiros locais, em formas basilares que, em muitos casos vêm dos primórdios da agricultura, apenas ajustadas aos condicionalismos geográficos e históricos das várias regiões, estas alfaias – arados, grades, enxadas, foicinhas, manguais, jugos e carros de bois – foram através dos tempos, até aos nossos dias, a expressão mais pura do suor do rosto que fez viver a humanidade e afirmou o Homem na sua dignidade mais simples e mais alta. Feitas à nossa medida, na lei natural do espaço e do tempo, num equilíbrio perfeito, elas humanizaram a natureza, mas não a degradaram. Hoje, perante uma técnica que transformou todos os ritmos naturais, chegou para elas a hora do acaso e dos museus. Mas a hora também de dizermos a nossa gratidão e o nosso amor: só aqueles que não tenham o sentido da vida nos seus valores eternos essenciais é que ficarão insensíveis à sua beleza e à sua nobreza.”(1)
A exposição pretende ser um testemunho e uma referência imprescindível para todos aqueles que ainda recordam os tempos da lavoura e querem guardar para as novas gerações essa memória e, simultaneamente, dar a conhecer aos mais jovens parte da sua história.
Horário:
Largo 5 de Outubro 7540-011 Abela
• Telf.: 269 902 048
E-mail:museudotrabalhorural.abela@gmail.com
A exposição Memória e Identidade – Alfaia Agrícola Tradicional constrói um percurso que acompanha o ciclo agro laboral e as operações específicas que lhe estão associadas em cada fase, desde a lavra, a cava, o desterroar e as sementeiras no inverno, as mondas, as regas e demais cuidados com as colheitas na primavera, até às ceifas, às debulhas e ao armazenamento dos cereais no verão. A alfaia agrícola é apresentada em grande proximidade, espacial e lógica, com os transportes e sistemas de atrelagem, estes últimos indispensáveis, por exemplo, à própria tração do arado e do trilho.
As alfaias agrícolas, “talhadas pela mão do homem em madeiras que a terra lhe fornecia espontaneamente, melhoradas depois com partes em ferro moldadas pelos ferreiros locais, em formas basilares que, em muitos casos vêm dos primórdios da agricultura, apenas ajustadas aos condicionalismos geográficos e históricos das várias regiões, estas alfaias – arados, grades, enxadas, foicinhas, manguais, jugos e carros de bois – foram através dos tempos, até aos nossos dias, a expressão mais pura do suor do rosto que fez viver a humanidade e afirmou o Homem na sua dignidade mais simples e mais alta. Feitas à nossa medida, na lei natural do espaço e do tempo, num equilíbrio perfeito, elas humanizaram a natureza, mas não a degradaram. Hoje, perante uma técnica que transformou todos os ritmos naturais, chegou para elas a hora do acaso e dos museus. Mas a hora também de dizermos a nossa gratidão e o nosso amor: só aqueles que não tenham o sentido da vida nos seus valores eternos essenciais é que ficarão insensíveis à sua beleza e à sua nobreza.”(1)
A exposição pretende ser um testemunho e uma referência imprescindível para todos aqueles que ainda recordam os tempos da lavoura e querem guardar para as novas gerações essa memória e, simultaneamente, dar a conhecer aos mais jovens parte da sua história.
Horário:
Largo 5 de Outubro 7540-011 Abela
• Telf.: 269 902 048
E-mail:museudotrabalhorural.abela@gmail.com
1) OLIVEIRA, Ernesto
Veiga de, ETAL texto do verso da capa de Alfaia Agrícola Portuguesa
De quarta a sexta-feira
das 14h00 às 18h00
Sábados das 10h00 às
13h00 e das 14h00 às 18h00
Encerra aos domingos,
segundas, terças-feiras e feriados
Contactos
Entrada gartuita
Bem hajam
Carlos Fernandes
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