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domingo, 12 de abril de 2015

Ora pois ! Vendas a granel ! Mercearias sim Senhor !


A mercearias portuguesas, tal como as concebíamos no século passado, vendendo a grande maioria dos seus artigos avulso e a peso, como grão azeitonas açúcar feijão, bacalhau um sem número de produtos que nos ficaram na memória, foram desaparecendo ou transformando-se em mini -
mercados, com o aparecimento dos artigos embalados e normalizados .






Se é bem verdade que hoje as grandes superfícies, predominam nas grandes cidades.Todavia as mercearias não acabaram, resistindo teimosamente aos novos tempos principalmente na província, e os mini-mercados inovação dos anos 70,ainda existem felizmente por todo país .
Mas foi nos início dos anos 70,mais precisamente no dia 1 de Maio de 1970,que inaugurou o primeiro grande supermercado, situado na Av. Estados Unidos da América em Lisboa, ocupando uma área coberta com cerca de 2000 m2 O Pão de Açúcar seria o primeiro de muitos.










O retorno à vida de bairro é uma das tendências dos últimos anos. Seja por convicção ética, mudança cultural ou pura nostalgia, muitos voltaram a olhar para o pequeno comércio. Sobreviventes de outra era, as mercearias estão entre a utilidade e o puro romantismo.
É o caso da mercearia do Sr, Fausto, onde ainda se vende a granel e os clientes são velhos amigos.  



Quando se entra na Casa Chás e Cafés no bairro do Rego, em Lisboa, é inevitável não se sentir que se recuou no tempo até à era do Pátio das Cantigas. Talvez não se ouça o famoso “Oh Evaristo tens cá disto?”, mas os produtos visíveis nos expositores de madeira, as máquinas de moer café e a forma prestável e cuidadosa com que Fausto Monteiro (o sr. Fausto) atende cada cliente transportam quem a frequenta para uma época distante das correrias e filas de supermercado


Mantendo-se afastada dos actuais mini-mercados e dos grandes supermercados,  na loja do Sr Fausto ainda se fazem as contas à mão e só depois vão para a máquina registadora, de trato fácil e afável , este nosso anfitrião continua desde à décadas a oferecer-nos aqueles chás bolachas e produtos regionais com tradição , que só a nostalgia mágica das antigas mercearias nos podem oferecer.
Hoje mais que nunca, em que a crise a solidão que nos invade, a mercearia como identidade e património é uma mais valia uma obrigação para aquecer a alma .

Ora Pois ! Mercearia sim senhor !! 


Bem hajam 
Carlos Fernandes

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