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domingo, 24 de novembro de 2013

Ferreiro e Ferrador

Paralelamente à profissão de ferreiro existia também a de ferrador. Enquanto aquela exige o trabalho da forja para fazer as ferraduras, esta consiste, apenas, em aplicá-las ou seja, colocá-las nos animais.

Por isso se chama “Arte do Ferro”, ao conjunto de conhecimentos que o ferrador deve possuir para colocar
a ferradura, seguindo os preceitos necessários no casco do animal.

Não se sabe ao certo quando surgiu a ferradura por falta de dados históricos, mas sabe-se que ela apareceu para evitar o desgaste nos cascos dos animais já que estes se tornaram indispensáveis ao trabalho do homem.

Ferrador profissão das mais antigas muitas vezes com oficinas onde se encontrava a forja onde se faziam os diferentes moldes para cascos de mulas, cavalos, e burros. Escolhido o tipo de ferradura de acordo com a variedade do terreno a pisar e com as características do animal, este era colocado para ser ferrado numa armação de madeira apropriada à tarefa e a que se chamava "Tronco".

Para maior segurança prendia-se os beiços do animal com um instrumento a que se dava o nome de "aziar". O ferrador preparava os cascos com os desbastes precisos para ser colocada a ferradura com "cravos" batidos a martelo.

Utensílios do ferrador
Os ferradores não necessitavam de muitos utensílios para fazerem o seu trabalho. Usavam:

TURQUÊS: Ferramenta com dois braços e uma boca de corte para arrancar a ferradura e os cravos e para cortar o casco do animal. Serve também para cortar os bicos dos cravos que são pregados para segurar a ferradura depois de rebitados com a mesma turquês.

FORMÃO: Para aparelhar o corte de casco do animal.

MARTELO: Para pregar os cravos e arrebitar os mesmos.

CRAVO: Espécie de prego de forma alongada e aspecto particular que serve para ajustar as ferraduras ao casco.

FERRADURA: banda metálica mais ou menos larga e comprida, encurvada sobre as sua espessura, em forma de arco de ponte, tendo oito cavidades quadradas piramidais na face inferior chamadas craveiras, onde se alojam as cabeças dos cravos
Bem hajam 
Carlos Fernandes

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