Sabe-se que a cor pode influenciar muito o estado de espírito de uma pessoa. E quando é usada numa escala comunitária os efeitos podem ser ainda maiores. Foi isso que a arquitecta Verónica Conte fez na aldeia de São Cristóvão (Montemor-o-Novo), com a colaboração dos habitantes. O resultado é tão bonito que vale a pena olhar, olhar e olhar.
Pintar e desenhar fachadas de casas com cores e motivos escolhidos pelos habitantes de uma aldeia alentejana foi o desafio levado a cabo por Verónica Conte no âmbito do seu doutoramento em Design, realizado na Faculdade de Arquitectura da Universidade Técnica de Lisboa. Com o tema “A Cor na fachada arquitectónica residencial – identidade, cultura e participação pública”, o projecto tornou-se uma residência artística denominada “ViverCor – Corabitando”.
O objectivo passou por envolver a comunidade da aldeia de São Cristóvão, com o intuito de pintar sobre as barras das fachadas das casas, chaminés e em redor das portas e das janelas, desenhos e expressões locais. Depois de terminado o trabalho, percebe-se bem o que o simples facto de se envolver os habitantes numa acção destas conseguiu: alegria, orgulho e integração. Um excelente exemplo a ser replicado noutros locais do país, que tanta falta têm de cor e amor, nem que seja na forma de palavras.
Carlos Fernandes
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